O artista catarinense fala sobre sua obra Chão Comum, que integra a mostra Panoramas do Sul, no 18º Festival. Descreve o processo de criação do vídeo, realizado a partir da apropriação de uma gravação de lançamento de foguete para o espaço, em 1969. De domínio público, a emissão pode ser vista por qualquer um por meio da internet. Com pequenas manipulações, Tiago afirma pretender fazer desaparecer a referência dessa imagem em movimento. Segundo ele, seu interesse se deu ao perceber que, embora fruto de um grande esforço de pesquisa, o lançamento da nave espacial é enfocado ali do ponto de vista do resto deixado pela sua emissão. Assim, ele trata muito mais da ruína deixada pela corrida entre os indivíduos do que de grandes feitos humanos. “É uma ruína do coletivo”, afirma. Chamou-lhe também a atenção a proximidade do vídeo, feito com o objetivo de analisar cientificamente os procedimentos implicados no foguete, com a videoarte, tanto pela câmera estática como pelo tempo estendido.
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