Mostra SESC de Artes
O SESC São Paulo realiza, entre os dias 19 e 29 de julho, mais uma edição da Mostra SESC de Artes. Serão cerca de 70 atrações nos segmentos de artes visuais, artemídia, cinema, dança, literatura, música e teatro, além de oficinas culturais, ações educativas e residências artísticas, distribuídas por todas as unidades do SESC na Capital. Esta edição do evento reúne dois segmentos: um dedicado à arte que envolve pesquisas tecnológicas e outro nos suportes mais tradicionais.
Media art
A área de artemídia traz à Mostra a discussão sobre como a arte pode atribuir diferentes significados a conhecidos objetos tecnológicos. Por meio de instalações, performances, exposições e oficinas, artistas brasileiros e estrangeiros abordam a relação entre o contemporâneo e o que pode ser considerado tradicional na exposição Significa / Artesania das Mídias, que reúne trabalhos de Zaven Paré (França /Brasil), Gebahrd Sengmüller (Áustria), Gabriel Menotti (Grã Bretanha/ Brasil), da dupla brasileira O Grivo e dos mexicanos Marcela Armas e Ivan Puig. Ao transformá-los em trabalhos artísticos, os autores conferem novos significados e utilidades às peças que conhecemos do nosso dia-dia.
Também são parte do conteudo de artemídia a Mostra de Imagem em Movimento, de Kika Nicoleia, apresentada em um contêiner quee funciona como uma sala de projeção móvel. E o projeto Ecologia Hibrida, de Guto Nóbrega, que foca a relação entre máquinas, plantas e homens, em uma obra dividida em três partes.
A dupla alemã Incite é outra atração, com perfomances audiovisuais, trazendo composições que misturam pulsos randômicos e grooves dançantes com efeitos visuais em escala de cinza. Já a companhia francesa Omproduck critica as ilusões produzidas pela tecnologia atual no seu espetáculo multimídia Ça vous regarde, no qual uma peça robótica interage com o público.
Artes visuais
Com instalações, intervenções e exposições, o segmento de artes visuais é intitulado Desobjetos: A memória das coisas e discute as ideias de apropriação de deslocamento na produção artística.
Um exemplo é o trabalho da polonesa Agata Olek, que utiliza o crochê para cobrir objetos e pessoas, tirando-os do lugar comum. A francesa Tania Mourad é outra atração, com a videoinstalação La Fabrique, em que projeções em diversas TVs mostram uma coleção de retratos capturados em um vilarejo da Índia.
Entre os destaques brasileiros da mostras estão: Carmela Gross, que apresenta Escadas, intervenção que mescla, de forma sutil, desenho, escultura e arte conceitual; Laura Belém, com vídeo e fotografias; Marepe, cujas instalações utilizam peças cotidianas como baldes de metal, câmaras de borracha, garrafas de vidro e mesas de madeira e fórmica; e Nuno Ramos, que se inspira em cação de Paulinho da Viola para criar a instalação Solidão Palavra, composta por dois outdoors construídos em areia calcinada comprimida.
Estes são apenas alguns destaques. Consulte a programação completa no site do SESC.
Parte da programação é gratuita. Os ingressos para as demais atividades começam a ser vendidos no dia 7 de julho, a partir das 11h, em toda rede SESC do estado de São Paulo.