• William Kentridge, Porter Series: Géographie des Hebreux ou Tableau de la dispersion des Enfants de Noë (2005)

    William Kentridge, Porter Series: Géographie des Hebreux ou Tableau de la dispersion des Enfants de Noë (2005)

  • María Magdalena Campos-Pons, Freedom Trap 1 (2013)

    María Magdalena Campos-Pons, Freedom Trap 1 (2013)

  • Marie Ange Bordas, Emmanuel (Pabbo, norte de Uganda, 1996), da série fotográfica Co-Movere, 2008-2010

    Marie Ange Bordas, Emmanuel (Pabbo, norte de Uganda, 1996), da série fotográfica Co-Movere, 2008-2010

Foco 5: O Sul em Perspectiva

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postado em 27/11/2013
O Caderno Sesc_Videobrasil 9: Geografias em Movimento é lançado com encontro entre a artista e editora da publicação, Marie Ange Bordas, e dois dos seis colaboradores do livro, que conta ainda com obra inédita de William Kentridge e contribuições do pensador camaronês Achille Mbembe

LANÇAMENTO DO CADERNO SESC_VIDEOBRASIL 9: GEOGRAFIAS EM MOVIMENTO

Encontro com Marie Ange Bordas, Rogério Haesbaert e Ana Paula do Val
5.12, 20h — Sesc Pompeia / Galpão

Os constantes deslocamentos causados por conflitos políticos ou forças econômicas redesenham a geografia como a conhecemos e põem em xeque o próprio conceito de pertencimento. É sobre os efeitos da perda e da busca de um lugar – e a poderosa simbologia envolvida na metáfora do enraizamento – que trata Deslocamentos, projeto desenvolvido pela artista, escritora e pesquisadora brasileira Marie Ange Bordas em dez anos de convívio e troca com pessoas deslocadas em campos, abrigos e cidades da África e da Europa. O resultado deste trabalho de investigação artística e incursão existencial de Marie Ange Bordas gerou produtos variados, como registros em cadernos, instalações, séries fotográficas, encontros, reflexões, diálogos. E resultou também na proposta editorial para o Caderno Sesc_Videobrasil 9: Geografias em Movimento (acesse o link para mais informações), um projeto híbrido entre livro de artista e publicação de ensaios, no qual Marie Ange costura fragmentos da sua experiência ao convidar artistas e pensadores que impactaram sua forma de enxergar a questão, contribuindo para a investigação da capacidade humana de redesenhar mapas próprios.

A nona edição do Caderno Sesc_Videobrasil traz contribuições do pensador nascido em Camarões, Achille Mbembe, renovador do pensamento acadêmico pós-colonial e criador do termo “afropolitanismo”;  do artista sul-africano William Kentridge, que criou exclusivamente para esta publicação o Flipbook inédito, Return, junto com a dançarina Dada Masilo; da arquiteta e pesquisadora brasileira Ana Paula do Val; da artista cubana Maria Magdalena Campos-Pons; do geógrafo brasileiro reconhecido internacionalmente Rogério Haesbaert; e do curador, crítico e escritor nascido na Suiça, de família do Camarões, Simon Njami. Ilustrando o material, além do flipbook e imagens de Kentrigde, o Caderno 9 conta com obras da própria Marie Ange e da artista Maria Magdalena Campos-Pons.

O lançamento integra programação do 18º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil e inclui encontro com a editora, Marie Ange Bordas, e com os colaboradores Rogério Haesbaert e Ana Paula do Val, no dia 05 de dezembro, às 20h, no Gaplão do Sesc_Pompeia.


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MAIS SOBRE A EDITORA E OS COLABORADORES DO CADERNO 9:

Marie Ange Bordas (Porto Alegre, Brasil, 1970) é artista, pesquisadora e escritora, tem criado projetos artísticos colaborativos envolvendo refugiados e comunidades deslocadas e/ou afetadas por conflitos na África, França e no Brasil.

Achille Mbembe (Otélé, Camarões, 1957) é filósofo e cientista político. Suas ideias sobre poder, violência e subjetividade contribuíram para reformatar o pensamento acadêmico contemporâneo pós-colonialista. É autor de livros como On the Postcolony (2001) e Necropolítica (2011).

William Kentridge (Johannesburg, África do Sul, 1955) é um artista que transita com a mesma fluidez por diferentes meios, numa combinação de referências e técnicas que torna único o seu trabalho. É um dos mais importantes nomes da arte contemporânea sul-africana, reconhecido internacionalmente.

Ana Paula do Val (São Paulo, Brasil, 1976) é arquiteta, especialista em cultura e comunicação. Pesquisa intervenções artísticas no espaço urbano, cartografias afetivas, gravura, mapeamentos socioculturais e políticas culturais.

Rogério Haesbaert (São Pedro do Sul-RS, Brasil, 1958) é doutor em geografia humana pela USP. Publicou livros como O mito da desterritorialização: do ‘fim dos territórios’ à multiterritorialidade (2004).

María Magdalena Campos-Pons (Matanzas, Cuba, 1959) é  artista com trabalhos voltados para questões da diáspora e da herança africana, tendo exposto nos EUA, Canadá, Japão, Noruega, França, Itália e Cuba.

Simon Njami (Suíça/Camarões, 1962) é um curador independente, crítico de arte, escritor e ensaísta, foi um dos co-fundadores da publicação Revue Noire, sediada em Paris, e curador da Bienal de Fotografia de Bamako.