Abertura do 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil
Confira a programação da semana de abertura do 20º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, de 3 a 8 de outubro. Em breve estará no ar o site do evento, com a programação completa do festival, que vai até 14 de janeiro de 2018.
Emo de Medeiros, Kaleta/Kaleta
3/OUT, TERÇA
20h, Sesc Pompeia >> Roy Dib (Líbano) | Here and There – São Paulo Edition | Performance
Em Alepo, uma das cidades sírias mais atingidas pela guerra, quem não tem refúgio usa cortinas e tapetes costurados para se proteger – se não das balas, pelo menos da visão dos atiradores. Os corredores coloridos de paredes de pano são uma imagem contundente das atrocidades da guerra. Na performance, uma parede-cortina semelhante é erguida no espaço do Festival por uma atriz que cose retalhos de tecidos orientais com uma agulha de tapeçaria, enquanto fala um texto.
21h30, Sesc Pompeia >> Natasha Mendonca e Suman Sridhar (Índia) | The Black Mamba | Performance
Em parceria com a cantora, compositora, atriz e performer indiana Suman Sridhar, Mendonca propõe um live act envolvendo vídeo e música ao vivo. Sridhar transita com facilidade entre campos e referências: já criou sucessos pop radiofônicos, apresentou-se em galerias de arte e fez performances na televisão. Produziu e atuou em Ajeeb Aashiq, de Mendonca, obra selecionada para a exposição Panoramas do Sul. Desde o título, The Black Mamba tira partido da atmosfera do cinema indiano popular, apelidado de Bollywood, em referência a Hollywood.
4/OUT, QUARTA
15h, Galpão VB >> Visita guiada à exposição Agora somos todxs negrxs?
Com curadoria do artista e ativista Daniel Lima, a exposição Agora somos todxs negrxs? olha para a produção contemporânea de artistas negros brasileiros. Trabalhos de artistas como Ana Lira, Ayrson Heráclito, Jaime Lauriano, Rosana Paulino e Frente Três de Fevereiro refletem os debates atuais sobre racismo, gênero e feminismos, produzindo uma confluência oportuna de temas que perpassam a história do Festival. O curador conduz uma visita à exposição, que pode ser vista no Galpão VB até o dia 16 de dezembro.
15h, Galpão VB >> Lançamento do programa Amigos Videobrasil
O novo programa de associados oferece diferentes possibilidades de apoio para quem deseja colaborar com a manutenção da programação pública e do espaço físico do Videobrasil, voltados ao fomento da produção artística contemporânea do Sul global, ampliação do acesso às artes visuais, formação de público e preservação do Acervo Histórico do Festival.
16h a 19h, Sesc Pompeia >> Roy Dib (Líbano) | Here and There – São Paulo Edition | Performance
20h30, Sesc Pompeia >> Filipa César (Portugal) e Sana N’Hada (Guiné-Bissau) | LUTA CA CABA INDA | Performance
Usando como título uma expressão creole que signica “a luta ainda não acabou”, a ação parte da recuperação, pesquisa e divulgação, por Filipa César e cineastas da Guiné-Bissau, do acervo do Instituto Nacional do Cinema e Audiovisual do país, com filmes produzidos por movimentos de libertação dos anos 1960 e 1970. Na performance, artista e pesquisador conversam sobre os conteúdos do arquivo, que consideram uma “uma cápsula do tempo”, exibem o filme O regresso de Amilcar Cabral, que mostra a cerimônia solene de retorno dos restos mortais do político marxista, assassinado por membros de seu partido, a Bissau, em 1976. A ação termina com um jantar criado em parceria com o coletivo de imigrantes africanos Iada África.
5/OUT, QUINTA
16h a 19h, Sesc Pompeia >> Roy Dib (Líbano) | Here and There – São Paulo Edition | Performance
20h30, Sesc Pompeia >> Von Calhau! (Portugal) | Tau Tau | Performance
Em um ambiente marcado pela presença de instrumentos – bumbo, címbalo, gaita de foles – e objetos infláveis e pendentes, os artistas e um músico promovem um concerto cênico-sonoro. O “toncerto” acontece a partir de duas células: o primeiro Tau e o segundo Tau. “O primeiro Tau debruça-se sobre o princípio especulativo tautauista que afirma que o tom original do universo (o primeiro Tau?) tem sua origem na cópia e replicação de si mesmo ((o segundo Tau?)). Assim, é a cópia e replicação tautauista do Tau que origina o Tau. O segundo Tau é a tentativa de discorrer sobre este fenômeno por meio de palavras, num concerto composto por canções curtas. Tenta-se, assim, ao fim e ao cabo, acabar no fim. Depois do segundo Tau segue-se (((afinal))) o primeiro Tau.”
6/OUT, SEXTA
15h, Sesc Pompeia >> Mabe Bethônico (Brasil) | Histórias minerais extraordinárias | Narrativa performada
Partindo de três personagens da história da Suíça – o geógrafo Aubert de la Rüe, o ufólogo Billy Meier e Pierre Versins, fundador do museu de ficção científica Maison d’Ailleurs –, o trabalho sobrepõe fronteiras entre geografia, ufologia e ficção, e toma a forma de um programa de palestras e debates.
7/OUT, SÁBADO
15h, Sesc Pompeia >> Emo de Medeiros (França) | Kaleta/Kaleta | Performance
No fim do ano, a juventude de Benin celebra a Kaleta, festividade com máscaras locais que parece uma mistura de Carnaval brasileiro e Halloween norte-americano. A tradição é atribuída a ex-escravos que foram levados para o Brasil e voltaram ao Benin após se sublevarem na Revolta dos Malês, ocorrida em 1835 em Salvador. Com elementos da festa, o artista cria um ambiente imersivo que convida o público a confrontar suas próprias personas.
17h, Sesc Pompeia >> Lançamento do COINCIDÊNCIA – Programa Pro Helvetia para a América do Sul
A fundação suíça para a cultura Pro Helvetia anuncia o início de COINCIDÊNCIA, programa trienal de intercâmbios culturais entre a Suíça e os países da América do Sul. Neste encontro, serão apresentados os eixos de trabalho, os possí- veis formatos e os objetivos do programa. O novo prêmio de residência Pro Helvetia — Programa América do Sul, oferecido em parceria com o 20o Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil a um artista baseado na América do Sul, já é parte do programa.
20h30, Sesc Pompeia >> Pedro Barateiro (Portugal) | Tristes selvagens | Performance
Um texto que desconstrói o título da performance e envolve notícias relacionadas ao momento histórico contemporâneo é a base da ação. Enquanto lê o texto, o artista projeta imagens, criando uma narrativa a partir da notícia de uma praga que afeta as palmeiras em Portugal e se alastra pelo sul da Europa. “No limite, nosso desejo é tornar o mundo maior ou menor? Por que as palmeiras são símbolo de desejo? Será por esse motivo que suas folhas estão sendo queimadas? Resta-nos ser ainda mais selvagens ou menos selvagens, mais ou menos animais? Quem são os bárbaros de hoje? Talvez os agentes da bolsa de Wall Street, que Paul Krugman considera os responsáveis pela crise econômica atual?”, diz o artista, num trecho do texto.
8/OUT, DOMINGO
15h, Sesc Pompeia >> Emo de Medeiros (França) | Kaleta/Kaleta | Performance
18h, Sesc Pompeia >> Premiação