Um aparato de projeção roda um filme em 16mm com imagens de um seringal na Amazônia equatoriana. Vasos coletores de látex assumem a forma uma mão, presença fantasmagórica das relações históricas de exploração na região. Acompanhando a imagem em movimento, fotografias e uma luva indagam os valores centrais que fundamentam a exploração humana da natureza e refletem sobre o impacto da tecnificação do trabalho. Tomando como fio condutor a extração da borracha, que remete aos primórdios da colonização europeia, o trabalho sublinha a lacuna abissal entre certo imaginário coletivo, que relaciona a Amazônia à ideia de natureza idílica, e a prática sistemática de conquista desse território para fins de dominação política e econômica.