02 de abril (sábado) | das 13h às 17h
No dia 02 de abril (sábado), das 13h às 17h, acontecem duas aberturas de exposição no Galpão VB:
Agridoce, de Haroon Gunn-Salie, é fruto do 1º Prêmio SP-Arte/Videobrasil. O artista da África do Sul apresenta um site specific que surgiu da sua relação com pessoas diretamente afetadas pelo desastre ambiental ocorrido no final do ano passado, em Mariana (Minas Gerais). O artista coletou e transportou do próprio local todo o material (incluindo a lama e as paredes de uma casa parcialmente soterrada) para construir em colaboração com os moradores do local um conjunto de obras que busca, no silêncio que age sobre as experiências e narrativas pessoais, resgatar a dimensão humana da história. Clique aqui e saiba mais sobre esta exposição.
Acervo Videobrasil em Contexto #2 é a segunda exposição do projeto de residência artística da Associação, realizado nesta edição em parceria com o programa curatorial de residências artísticas A-I-R Laboratory – do Centre for Contemporary Art Ujazdowski Castle – como parte do programa de promoção da cultura polonesa no Brasil, organizado por Culture.pl em 2016. O polonês Karol Radziszewski materializa no Galpão VB o seu Queer Archives Institute, pesquisa em constante expansão que resgata de coleções privadas material gráfico e imagens que contam histórias LGBT no Leste europeu e Brasil. O brasileiro Vitor Cesar ocupa o Galpão VB com a instalação Anfibologia, tradução, que trata do espaço urbano como arquivo aberto, estendendo para a arquitetura sua investigação em torno da potência poética da ambiguidade e do caráter plural das palavras. Clique aqui e saiba mais sobre esta exposição.
As duas mostras permanecem em cartaz até o dia 11 de junho, com visitação de terça a sexta, das 12h às 18h, e sábado das 11h às 17h, com entrada franca.
MAIS SOBRE OS ARTISTAS
Haroon Gunn-Salie
A produção de arte colaborativa de Haroon Gunn-Salie busca traduzir a história oral de comunidades para elaborar intervenções artísticas e instalações. Sua prática multidisciplinar se utiliza de uma grande variedade de meios e linguagens, fundadas no diálogo e na troca. Witness (2012), sua exposição de graduação, apresentou um conjunto de obras que lançava luz sobre as remoções forçadas durante o período do apartheid, trabalhando com residentes do District Six, área central da Cidade do Cabo onde tais remoções ocorreram. Gunn-Salie é formado em Escultura pela Universidade Michaelis de Belas Artes, na Cidade do Cabo (2012). Suas principais exposições incluem 89-plus Project (2014), curada por Simon Castets e Hans Ulrich Obrist; Making Africa: A Continent of Contemporary Design, que itinerou para o Vitra Design Museum e o Guggenheim de Bilbao (2015); What Remains is Tomorrow, apresentada no pavilhão sul-africano na Bienal de Veneza (2015); e o 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc Videobrasil (2015), onde recebeu o primeiro prêmio SP-Arte/Videobrasil. Como resultado da premiação, o artista apresenta a exposição Agridoce no Galpão VB, durante a SP-Arte/2016. Vive entre Johannesburgo (África do Sul) e Belo Horizonte (Brasil).
Karol Radziszewski
Artista multidisciplinar, cineasta e curador, Karol Radziszewski concluiu mestrado pela Academia de Belas Artes em Varsóvia, em 2004. Por meio de uma metodologia baseada em arquivos, cruza múltiplas referências culturais, históricas, religiosas, sociais e de gênero. É editor-chefe da DIK Fagazine, revista que combina a pesquisa em arquivos queer com contribuições da arte contemporânea, e fundador do Queer Archives Institute. Seus trabalhos foram expostos em instituições como o Museu Nacional, Museu de Arte Moderna, Galeria Nacional Zacheta, (Varsóvia, Polônia); Kunsthalle Wien (Viena, Áustria); New Museum (Nova York); Cobra Museum (Amsterdã, Países Baixos); Museu de Arte Contemporânea de Wroclaw (Polônia); e Muzeum Sztuki (Lodz, Polônia). Exibiu obras em bienais internacionais como PERFORMA 13 (Nova York); 7a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Gotemburgo (Suécia); 4a Bienal de Praga (República Tcheca) e na 15a WRO Media Art Biennale (Wroclaw). Vive e trabalha em Varsóvia.
Vitor Cesar
É artista visual e designer. Sua prática artística parte de diferentes noções de público e aspectos da vida cotidiana. Desenvolve projetos gráficos em colaboração com artistas e instituições culturais. Estudou Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal do Ceará (2003) e realizou mestrado em Artes Visuais na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (2009), com pesquisa sobre noções de espaço público em práticas artísticas. Em Fortaleza, integrou o grupo de estudos em artes do Alpendre, fez parte do grupo Transição Listrada (1999-2004), que realizou ações e performances na cidade, e constituiu a BASE – lugar de encontros, debates e exposições. Co-organizou com Graziela Kunsch o projeto Arte e esfera pública (2008). Trabalha desde 2005 no projeto Basemóvel. Realizou as exposições Descrito como real, em colaboração com Enrico Rocha, Centro Cultural São Paulo (2015); Anfibologia, reciprocidade, Museo Experimental El Eco, Cidade do México (2013); e participou das coletivas Mano Fato Mano, Centro Cultural São Paulo (2014); 33º Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (2013); 8ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2011). Integra O Grupo Inteiro, juntamente com Carol Tonetti, Claudio Bueno e Ligia Nobre. Vive e trabalha em São Paulo.